Parque Automóvel: Opções para trocar de carro
A compra de um automóvel ou mais é um investimento elevado mesmo para as empresas com uma situação financeira estável.Mas, com a evolução do funcionamento e organização dos parques automóveis e o surgimento de novas opções, é preciso ter em conta uma multiplicidade de fatores para que se possa escolher a solução que melhor responde às necessidades da empresa.
Para qualquer empresário e gestor de frotas questões como a importância de ser ou não o proprietário do veículo, quais as ofertas mais vantajosas, os benefícios fiscais, a depreciação e até mesmo a sua manutenção são relevantes. Uma decisão mal calculada por custar vários milhares de euros à empresa.
O que é preciso ter em conta?
1. A empresa quer ser proprietária do veículo?
Em primeiro lugar, é preciso perceber se a empresa quer ou não ser proprietária do veículo. Se sim, vai incorrer num investimento elevado, comprometendo recursos que poderiam ser alocados de outra forma.
2. Qual é o orçamento disponível?
É preciso saber qual é o orçamento disponível para comprar ou alugar o veículo ou veículos, calculando posteriormente a taxa de esforço associada à operação. Qualquer uma das opções pressupõe uma despesa mensal, pelo que é importante saber qual o seu peso no rendimento mensal. Para calcular a taxa de esforço basta dividir os encargos mensais pelos rendimentos e multiplicar por 100. O valor final não deve ultrapassar os 35%.
3. A desvalorização representa um problema?
Quando se compra um veículo, grande parte da depreciação ocorre no primeiro ano após o negócio, enquanto nos alugueres de longa duração esta é diluída pelos vários anos e, no final, o automóvel depreciado não é propriedade da empresa.
4. Manutenção & Reparações
É importante ter em conta os custos com manutenções e reparações que são incontornáveis. Dependendo da opção escolhida, estes encargos podem ou não ficar a cargo da empresa.
5. Propostas Mais Vantajosas & Benefícios Fiscais
As empresas têm acesso a propostas mais atrativas e aliciantes, conseguindo bons descontos caso optem por trocar o parque automóvel. Na realidade, quanto maior o número de veículos adquiridos melhor será o negócio. Contudo, nem todas as marcas e concessionárias têm planos que levam em conta o número de veículos adquiridos. Além disso, têm acesso a alguns benefícios fiscais por serem carros de serviço.
Qual a melhor opção?
CRÉDITO AUTOMÓVEL
Para as empresas que fazem questão de ser proprietárias dos veículos, o crédito automóvel é a melhor opção pois a instituição bancária empresta o dinheiro necessário à compra do veículo.
Nesta modalidade, a empresa paga uma mensalidade calculada consoante o valor pedido, o período estipulado e o estado do veículo. As taxas de juro associadas ao crédito podem ser fixas ou variáveis. Geralmente, são mais elevadas do que as praticadas noutras modalidades.
Ao pedir um crédito automóvel tem de subscrever um seguro de responsabilidade civil.
LEASING
Se o objetivo for alugar um automóvel e ter a opção de compra no final do contrato, então o leasing é a solução ideal. Nesta opção, o cliente aluga o automóvel mediante a assinatura de um contrato com uma locadora (instituição bancária ou concessionária), que é a real proprietária do veículo durante o período de tempo estipulado. No final do contrato, o cliente pode devolver, trocar ou comprar a viatura em questão pelo valor definido inicialmente no contrato (valor residual).
Entre as vantagens desta opção contam-se a possibilidade de suspender o contrato a qualquer altura, recuperar o imposto sobre o valor acrescentado, não pagar os impostos de selo associados aos juros e ao financiamento e aproveitar os vários benefícios fiscais concedidos às empresas.
Contudo, os custos relacionados com manutenção e reparação ficam por conta da empresa.
ALD
O aluguer de longa duração acontece quando a instituição bancária cede por um determinado período de tempo a utilização de um veículo a um cliente, que terá obrigatoriamente de comprá-lo no final do contrato mediante o pagamento do valor residual negociado. Para aceder a esta modalidade, o cliente tem de pagar uma mensalidade, contratar um seguro de responsabilidade civil e um seguro contra danos próprios, o que encarece a prestação.
Esta opção apresenta taxas de juro mais vantajosas.
RENTING
Não sendo considerada uma opção de financiamento, o renting corresponde ao aluguer operacional de viaturas. E pode ser uma opção viável para as empresas que pretendem utilizar os modelos mais recentes e renovar frequentemente os parques automóveis, podendo deduzir o IVA das rendas mensais.
Nesta modalidade, o cliente aluga um carro novo mediante o pagamento de uma mensalidade, que é calculada a partir de uma previsão da utilizada média da viatura em quilómetros percorridos.
Se o utilizador exceder o valor, tem de pagar taxas adicionais. Contudo, se os quilómetros percorridos ficaram abaixo do contratualizado, o cliente ganha dinheiro.
No renting, percentagem de utilização do carro, seguro, despesas de manutenção e gestão de impostos estão incluídos na mensalidade. Para quem não quer ter dores de cabeça, esta pode ser a solução ideal.
Além disso, é possível contratar outros serviços associados como a substituição de pneus e viatura de substituição. No final do contrato, apenas tem de devolver a viatura à instituição financeira.
