Como implementar um plano empresarial de segurança rodoviária

A importância de um plano empresarial de segurança rodoviária

O Conselho Europeu de Segurança nos Transportes (ETSC) estima que 40% das mortes nas estradas estão relacionadas com atividades laborais. Um número preocupante, mas que pode ser ainda maior, tendo em conta que as estatísticas oficiais raramente mencionam se algum dos intervenientes se encontrava em trabalho quando ocorreu o sinistro. As estatísticas sublinham a necessidade de uma medida cada vez mais urgente: o recurso a um plano empresarial de segurança rodoviária, que leve as organizações a tomar medidas para reduzir o número de acidentes e os danos que estes provocam.

 

O que é um plano empresarial de segurança rodoviária?

Trata-se de um plano delineado pelas organizações com o objetivo de prevenir situações de risco e reduzir a sinistralidade. Deve pautar-se, por um lado, pela identificação dos riscos inerente ao uso dos transportes rodoviários e, por outro, pela implementação de medidas de prevenção e proteção que reduzam, efetivamente, os riscos apurados.

Alberto Silveira, especialista na área de segurança rodoviária ocupacional, alerta que há ainda um longo caminho a percorrer em Portugal. “As empresas não estão sensibilizadas para estas questões. Na Europa, países como Espanha, França ou Inglaterra estão muito mais à frente nesta área. Aí, os planos empresariais de segurança rodoviária são uma realidade há muitos anos”, revela o autor do livro “Segurança Rodoviária Ocupacional – Um novo desafio na prevenção do risco profissional”, publicado em 2011.

E se as estimativas apontam que 40% das mortes na estrada resultam de viagens por motivos laborais, o investigador e consultor em segurança rodoviária alerta para outra situação poucas vezes sublinhada nas estatísticas oficiais. “Os dados europeus mostram que 60% das mortes em contexto laboral resultam de acidentes de viação. Em Portugal, estes dados não são alvo de um tratamento estatístico adequado, o que é muito preocupante”.

 

Que empresas devem ter um plano de segurança rodoviária?

Por norma, todas as empresas em que os trabalhadores tenham de recorrer ao veículo rodoviário para desempenhar as suas funções laborais devem adotar medidas para prevenir acidentes de viação. 

De acordo com o guia da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), se a empresa tiver até nove trabalhadores, a gestão de recursos de segurança pode recair sobre o proprietário da empresa, ou por um trabalhador por ele designado, desde que existam formação, tempo e os meios necessários. No caso das empresas de maior dimensão, deve ser adotado um plano de prevenção rodoviária mais alargado.

 

Quais as componentes de um plano empresarial de segurança rodoviária?

Segundo Alberto Silveira, especialista em segurança rodoviária ocupacional, um plano deve ter em conta quatro vertentes fundamentais: gestão de deslocações e prevenção, gestão de veículos, gestão de comunicações e gestão de competências. Estas são áreas em que a adoção de soluções tecnológicas é de grande utilidade. Detalhemos o que deve ser desenvolvido em cada uma destas vertentes, que devem ser alvo, em permanência, de avaliações de risco e de desempenho:

 

Gestão de deslocações e prevenção

As rotas usadas pelos condutores devem ser planeadas antecipadamente, procurando estabelecer os trajetos ideais em termos de segurança. O uso de ferramentas de geolocalização facilita em muito esta tarefa. Devem ser identificados e registados por escrito os riscos detetados nos percursos em causa, com a adoção de medidas que os possam minimizar.

 

Gestão de veículos

Estará a empresa a utilizar os veículos mais adequados às tarefas que desempenha? Os veículos incluem os sistemas de proteção mais eficientes? O plano empresarial de segurança rodoviária deve responder a estas dúvidas, procurando encontrar viaturas compatíveis. Outro fator a não descurar é a manutenção preventiva e corretiva, assim como inspeções e verificações de segurança, sobretudo se os veículos estiverem sujeitos a condições suscetíveis de provocar a deterioração dos materiais

 

Gestão de comunicações

Os condutores devem estar cientes das práticas seguras do uso de equipamentos de comunicação, evitando o uso de equipamentos eletrónicos – telemóveis ou tablets – durante a condução. Também deve ser dada especial atenção aos sistemas GPS instalados nos veículos, assegurando-se que estes não tenham um efeito de distração ao volante

 

Gestão de competências

O plano empresarial de segurança rodoviária deve contemplar planos de formação contínua para condutores. Por outro lado, é fundamental que os papéis inerentes ao funcionamento da frota estejam atribuídos. Deve estar claramente estabelecido quem tem a responsabilidade de executar operações básicas de manutenção, reparações de emergência, resolução de avarias, vigilância de carga e descarga dos veículos, entrega de mercadorias, relação com os clientes e outros intervenientes, etc. É também necessário designar os responsáveis pela segurança rodoviária e pela resposta em situações de emergência.

 

A tecnologia é um aliado importante na construção de um plano eficaz. As soluções da Cartrack para a gestão das frotas permitem um acompanhamento detalhado de cada veículo e dão ao gestor ferramentas cruciais para o cumprimento de um plano de segurança rodoviária estabelecido pela empresa.

 

Produzido pela Webtexto para a Cartrack

 

A Cartrack possui um sistema que alerta para a possibilidade de ocorrência de acidentes.

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