Mobilidade Inteligente é a grande aposta do futuro

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Cidadãos mais produtivos no trabalho, menos dias de baixa e uma redução de mais de 80 mil milhões de euros anuais em cuidados de saúde são ganhos que qualquer sociedade gosta de exibir. É isso que, segundo dados divulgados pela União Europeia, é possível alcançar quando se põe em prática a chamada mobilidade inteligente.

A conclusão é clara: transportes sustentáveis e sistemas de transportes inteligentes têm a grande capacidade de fortalecer as economias locais. Mas como?

Apesar de ainda não ser totalmente claro que meios de transportes podem fazer parte de um sistema de transportes inteligente, a verdade é que um planeamento correto e uma utilização racional dos transportes terá muitas vantagens para as economias locais, para os setores público e privado, para toda a população e, claro, para o meio ambiente.

Chamar a atenção para esta mudança de paradigma e para as suas vantagens económicas é o grande objetivo da Semana Europeia da Mobilidade de 2016, com o tema “Mobilidade inteligente. Economia forte”.

As cidades participantes apresentam e promovem uma série de medidas de transportes sustentáveis, convidando os cidadãos a experimentar alternativas aos automóveis.

A iniciativa lançada em 2002, arrancou no passado dia 16 de setembro e prolonga-se até à próxima quinta-feira. Neste momento, conta com a participação de 51 países e 2.364 cidades, que se propõem a discutir e a mobilizar os cidadãos para esta nova realidade. Andar de bicicleta, a pé ou de transportes coletivos ou públicos são algumas das opções.

O grande obstáculo deste novo paradigma? Encontrar uma solução que responda às necessidades de todos e que consiga alcançar um equilíbrio entre o custo, o conforto, a velocidade, a conveniência e o impacto ambiental.

Mas quais são os benefícios concretos da mobilidade inteligente? 

Há um conjunto de benefícios associados à mobilidade inteligente. Por exemplo, os imóveis localizados em cidades equipadas com boas infraestruturas para a utilização de bicicletas e com sistemas de transportes públicos eficientes são mais valorizadas. Além disso, as crianças que se deslocam a pé apresentam um melhor desempenho na sala de aula.

Mas não só. Os cidadãos deixam de precisar de ter um veículo de transporte, têm uma maior capacidade de mobilidade, perdem menos tempo nos transportes públicos ou privados, têm acesso a tarifas mais competitivas e a serviços de qualidade superior.

Quanto ao Estado, poderá utilizar os fundos públicos para melhorar os transportes públicos, incentivando a transição para meios de mobilidade alternativa e reduzindo os impactos negativos da utilização do automóvel. Por outro lado, aumentará os postos de trabalho ligados ao setor dos transportes tanto nas cidades como nas periferias.

A mobilidade inteligente não beneficia só cidadãos e o setor público. Estudos recentes mostram um aumento de até 40% das transações comerciais em áreas maioritariamente reservadas a peões e a ciclistas. Só em Copenhaga, a capital da Dinamarca, os cidadãos que optam pela bicicleta gastam mais dois mil milhões de euros por ano do que os que viajam de carro.

O investimento em infraestruturas e o uso dos transportes públicos com vista à redução do congestionamento rodoviário podem resultar em poupanças para o erário público, num estímulo do comércio local, num menor número de acidentes e numa melhor qualidade de vida para a população.

A Semana Europeia da Mobilidade culmina no Dia Europeu sem Carros, no dia 22 de setembro. Várias cidades e vilas fecham uma ou várias vias de trânsito automóvel durante todo o dia.

O grande objetivo? Alargar o debate sobre os transportes sustentáveis, optar pela mobilidade inteligente para fortalecer a economia e colocar as cidades no caminho da sustentabilidade.

Produzido pela Webtexto para a Cartrack
Imagem por European Mobility Week