Orçamentação da Frota – Orçamento Proativo para a Melhoria de Resultados

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O Orçamento Proativo resulta da definição prévia de que a frota atribuída à unidade de negócio (seja ela do processo de gestão, negócio ou suporte) constitui uma vantagem para a companhia. De algum modo deve contribuir para determinados objetivos setoriais e individuais como:

  • cobrança de valores em atraso
  • recuperação de clientes
  • identificação de novos fornecedores
  • desenvolvimento de novos produtos
  • diminuição da sinistralidade
  • redução de prazo de entrega ao cliente
  • eliminação de inconsistências no processo de compras

Estes são exemplos de diversos processos e atividades relacionadas com esses processos, que devem estar associados à existência de frota ou que devem justificar, na forma de prémio, a existência de viaturas afetas ao departamento e a um determinado utilizador.

Devemos gerar um quadro comparativo que relaciona desempenhos departamentais e individuais com a frota e fixar a melhoria nos resultados que deve ser visualizada numa projeção gráfica da linha do desempenho e na linha do custo geral ou parcial dos custos e usos da frota. O que culmina com a fixação de objetivos por departamento e individual, quer na “frente custos” quer na “frente resultados”.

Complementa-se este processo histórico com a fixação de objetivos futuros, associando custo geral com incremento do desempenho.

Ainda no orçamento proativo identificam-se linhas de combate à “estrutura de custos” da frota numa abordagem:

  • ao modelo de aquisição/aluguer
  • aos itens da compra/aluguer
  • à estrutura de custos da frota criando planos específicos de combate, por exemplo, a redução de 10% do consumo de combustíveis, associada a algum benefício como um dia adicional de férias
  • ao desenvolvimento de um quadro de evolução dos objetivos de uso e económicos por departamento, utilizador
  • aos usos internos (já abordados mas que ainda vão ser desenvolvidos)
  • aos fornecedores/prestadores de serviço (a desenvolver num artigo próximo)
  • por exemplo, à estrutura de custos da frota, criando planos específicos de combate, por exemplo, a redução de 30% do consumo de pneus ou acidentes  associada a prémios/bónus numa renovação de contrato ou associação de novas viaturas ao contrato

Voltando à fixação de objetivos por departamento e individual propomos:

  • pedir a cada utilizador um plano de redução de custos diretos do uso da viatura
  • pedir a cada utilizador um plano de melhoria da relação desempenho do uso da viatura e das atividades (no que for naturalmente possível, por exemplo, construção de rotas de trabalho externo que aumente o número de contactos, via multi-propósitos, como cobrança, venda, etc)
  • desenvolver semelhantes desafios ao departamento num todo
  • melhoria da gestão do grupo que implique menos custos de utilização da viatura
  • possibilitar ações de formação no uso económico e sustentável da viatura

Ficam aqui vários tópicos para a construção de um Orçamento Proativo a partir da Gestão da Frota.

No artigo seguinte apresentamos um quadro de objetivos por departamento, individuais e os indicadores para aferição, precedido da sua justificação e identificação de dificuldades na sua implementação, que começam na resistência da “Gestão” a esta visão “partilhada” de desempenho e gestão da frota.

 

Fotografia por Fernando Piçarra Fotografia

 

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José Henriques – Consultor e formador de Gestão de Operações e Logística
CEO da Magnum Cap